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- 41º dia de confinamento, 2ª temporada -
Farta, fartinha até às raízes por pintar dos meus cabelos, juro que já não aguento roupas confortáveis sinónimo de dias a fio em casa, sabrinas e sapatinhos fofinhos de casa, já não aguento as roupas de andar por casa, tenho-lhes um ódio que só uma tesoura resolve, quero as minhas roupas de andar ao ar, saltos altos, lantejoulas, sedas, linhos, quero roupas de sair e sei lá mais o quê, sinto uma claustrofobia existencial que só se resolve com ar, esplanadas e bater perna por aí, para começar.
Para mim chegou a hora de começar a pensar no que vou usar quando desconfinar, já esgotei as ideias para fazer conjuntos com coisas disfarçadas de parente rico de pijama. Foi o que fiz, pus-me ali à frente do espelho a experimentar roupa. Logo para começar tinha de ter a certeza que as coisas ainda me serviam, que ainda sei andar de saltos e que tudo está bem. Está. Podia estar melhor, mas perante certos comportamentos alimentares e de vida, não posso esperar milagres. Tudo se resolve a seu tempo.
Comecei por experimentar aquele vestido de cavas em lã com uma camisa e gostei do resultado,
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depois esta saia em polipele com um camisolão branco que comprei antes do confinamento e ainda só conhece as paredes desta casa, coitado, e também o casaco que faz conjunto com o vestido, mas com umas calças de bombazina e o hoodie branco.
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A seguir vesti as baggy pretas em polipele com a mesma camisola que ainda não conhece o ar puro, mas com umas botas rasas e um cinto de lantejoulas.
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Mantive as baggy pretas, o cinto e as botas rasas, e pus uma camisola preta com um casacão de lã bordeaux.
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Ainda com as baggy, voltei a vestir o hoodie branco, mas calcei os botins de zebra.
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Por fim mudei tudo, vesti novamente as baggy de bombazine branca com um hoodie azulão e uns botins castanhos.
Foi isto. Continuo uma pessoa bastante produtiva. E prevenida.