12 - COISINHA MAI LINDA, RIQUEZAS DE SUA MÃE
Mac
Meu filho, orgulho bochechudo de sua mãe, faz pequenas dreadlocks, vá, rastas, em seu ruivo e pouco cabelo, pouco, mas lindo. E eu, meu filho lindo, acho muita piada a essa coisa que dá às gentes que andam pelas praias e muito pela Costa Alentejana, gosto-lhes das pulseiras, das fitas e túnicas que me dispõem à compra, pois gosto, mas eles lá na sua vida natural, sem recurso a pentes, banhos e outras miudezas da vida moderna, eu cá, com os meus meninos, riquezas de sua mãe, penteadinhos, limpinhos e cheirosos. Até porque, filho mais lindo, não te quero a vender-me pulseiras, sim? Por isso, filho bochechudo, hoje vamos cortar esses cinco borbotos, não vás ter ideias.
[uma alma velhíssima, vaticinou-me que o menino - ai o menino, adoro, not, que me tratem os filhos por o menino - está demasiado tempo deitado. eu, velhaca, vaticinei à alma anciã que o menino é o único neste mundo cruel a estar deitado aos quatro meses, coitado do menino que é filho de uma parva]