26 - Dias tão bons
Mac
O meu marido desde que está em teletrabalho raramente tem intervalo de almoço, ou almoça à pressa, ou come tardíssimo. Se inicialmente chegámos a pensar, mais eu do que ele, que teríamos almoços prolongados, e até alguns fora, agora sabemos que era um delírio, mas com a perspectiva de passarmos dois fins-de-semana sem poder arejar, hoje lá o arranquei do ecrã e fomos a um dos nossos sítios preferidos.
Tem a melhor vista da baía, uma esplanada gigante, as mesas bem separadas e uma comida fantástica, e quando o tempo piorar podemos continuar a ir lá, porque a sala também tem as mesmas condições. Também combinámos a entrega das refeições para o próximo fim-de-semana, não vamos comer fora, mas vem a comida de fora ter connosco, também é bom.
Depois passámos na Galileu, vimos as Paris Match, livros para o Natal e colecções de estampas.
E finalmente estreei os loafers onde pus umas borlas, também usei os meus jeans que são o meu barómetro, têm décadas e são melhores do que uma balança, com a vantagem de não gastarem pilhas. Funcionam assim: se não apertam, estou gorda, é altura de costurar a boca; se me servem, estou no bom caminho, mas nada de ter ideias; se me servem e ainda por cima estão largos, temos vencedora, é muito raro, mas era assim que me ficavam quando os comprei. Agora não é o caso, ainda não emagreci o suficiente para estar à vontade no Natal, mas também não vou deixar de estar, este ano não estou para isso, quero enfartar-me de rabanadas, azevias, sonhos, filhoses, lampreia doce e tudo, é um ano pandémico, serei também eu uma pandemia de doces e comidas fartas.
E foi isto e foi muito bom.