258 - o problema és tu, não sou eu, os ciclistas, as ciclovias, a birra de sono, a vida, o nirvana e eu
Mac
Não tenho nada contra os ciclistas, aviso já. São pessoas civilizadas que para usar as passadeiras (dos peões) desmontam os respectivos traseiros dos selins das suas bicicletas e as passam (as passadeiras) ordeiramente a segurar nas bicicletas , nunca fazem slalomes entre os peões, nem nada, nunca circulam nos passeios cheios de pessoas, crianças e cães, nem nas ruas em contra-mão, nunca andam aos pares aos trios e às quadras, a encurralar os carros, param sempre no sinal vermelho e nunca se atiram para as rotundas sem dar prioridade aos que lá circulam, são, portanto, pessoas respeitadoras dos peões e do código da estrada. Até porque a maioria dos ciclistas também conduzem carros, estão perfeitamente conscientes do papel, conhecem bem o código e sabem por experiência o que é conduzir um carro. Mas há uma coisa que ainda não consegui perceber, quando estão no papel de ciclistas e há ciclovias - e aqui para os meus lados há imensas, novinhas, todas bem forradas a bordeaux, ou é mais brique? Se calhar é brique, adiante, dizia eu, todas forradinhas num tom janota e aconchegante, macias para não facultar trepidação nos traseiros revestidos a lycras, para que vão os ciclistas à mesma na estrada em paralelo com a ciclovia forrada em fofinho? É só teimosia? As ciclovias não lhes servem? Não são fofinhas? Lindas? Janotas? Chiques? Não as querem estragar? Preferem a adrenalina dos condutores enervados? Esqueceram-se que naquele bocado não são condutores de carros e estão na bicicleta? Querem que as ciclovias sejam usadas pelos carros? É isso? Marotos.
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