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[durante o arranjo anterior]
Senhor-técnico-muito simpático: A senhora raspa os pratos antes de os pôr aqui?
Esta: Claro que raspo, eu sei que ela não tem dentes.
Senhor-técnico-muito simpático: É que encontrei um osso de frango no filtro e ela assim bloqueia.
Esta: Ai isso não é possível, um osso de frango?
Senhor-técnico-muito simpático: Olhe, este osso.
Esta: Isso não é um osso, é uma cartilagem.
Senhor-técnico-muito simpático: Vai dar ao mesmo, ela não o desfaz, se ainda fosse arroz, mas isto...
Esta-a-enfiar-uma-peta-armada-em-boa: Eu raspo muito bem os pratos todos.
Senhor-técnico-muito simpático: Calculo que sim, mas o filtro estava cheio de arroz.
Esta: Então não é suposto ela desfazer o arroz, massas e isso?
Senhor-técnico-muito simpático: Não é suposto, mas acaba por desfazer, leva o seu tempo, se for muito, mais tempo leva, mas não lhe aconselho. O melhor é raspar bem os pratos.
Não é que tenha alguma coisa contra as máquinas da loiça, além de as achar pequenas para a loiça usada num dia, além de achar que é uma maçada ter de raspar os pratos, além de ter de lavar à mão toda a loiça que estiver mais gordurenta. Pronto, não tenho nada contra elas.
Mas já agora, nunca escorreu aos fabricantes, além de lhes aumentar o tamanho, acoplarem-lhe uma trituradora, hein? E assim a gente comia e trás, loiça na máquina, sem mais trabalhos. Fica a ideia.
[agora vou ali limpar o filtro, a ver se não lhe ficaram lá restos de Strogonoff e depois o técnico diz que eu deixei lá os cornos da vaca e o coiso]