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Isto de estar a amamentar é muito bom, sim senhora. É bom para o bebé, que ganha uma carradorra de imunidades e tal, e também para nós, que ficamos logo magras que sei lá [excepto no abdómen, mas não se pode ter tudo], mas com a amamentação vem o estado de pequena UCAL ambulante, vá, Parmalat, que é mais fino, e com ela as não sei quantas restrições. Nada de comidinhas picantes, condimentadas e tal; nada de chás, logo na época dos chás, credo; nada de café, logo eu que tenho uma tensão arterial de passarinho, mas pronto, só ando assim muito molinha, molengona e tal, nada de mais; nada de chocolates, logo agora que é só o que me apetece, alucino com chocolates quentes, leite com chocolate, chocolate amargo, chocolate doce, chocolate em barra, em pedaços, bombons, com recheios, amêndoas, nozes, fondues de chocolate, enfim, chocolates em todas as suas formas e essências; nada de citrinos e o coiso, pois que são alergizantes e tal. Por outro lado, beber muitos iogurtes líquidos, boa boa, comer queijos até à náusea e tudo quanto são lácteos, boa boa, e beber muita água.
E pronto, é este o estado da nação.
Ah é verdade, também tudo quanto é camisola e vestido de gola alta, decote redondo e em bico, pois que não dá jeitinho nenhum. Agora só se vestem coisas com botões à frente, o que assim de repente, restringiu o meu guarda roupa a 0.1%. Bonito serviço, sim senhora, já não me bastava andar para aqui a disfarçar esta coisa que se me instalou na barriga, com 1% de roupa, para agora ainda reduzir mais o universo daquilo que posso trajar. Isto é tudo muito triste, não é fácil ser mulher, não é não.