61 - DIZ QUE SIM
Mac
Se os comerciantes, anunciantes, vendedores e isso, perguntassem às mães deste país e do outro e do outro, o que querem as mães deste país e do outro e do outro, talvez percebessem que todas as campanhas com ursinhos cravejados a pedras, medalhas, batons, perfumes, sapatos e pulseiras, são tempo perdido. Talvez percebessem que as mães recordam o que os filhos são para elas e como as vêem. E os filhos vêem-nos através dos desenhos que fazem, através das esculturas de barro e das frases que ditam às educadoras. E dos beijinhos que dão. Temos olhos grandes, cabeças enormes e cabelos espetados. Somos as mães deles e eles são os nossos bebés. Sempre. E guardo é aquela figura de barro que tenho na janela da cozinha, o desenho que está ao lado da foto dos três anos e a carta onde serei sempre a mais importante. Sempre.
[e não, não é aquela coisa fingida do ai não quero nada, mas livra-te de não me dares aquilo. é outra coisa, mas disto percebem as mães]
[claro que já perguntaram, mas faz de conta que não interessa, é legítimo]