24 - A DONA DE CASA FELIZ E PRAZENTEIRA QUE HÁ EM MIM
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Concluo que as camisas brancas são coisas boas de passar a ferro, até lhes perdoo aquele punho duplo para os botões e tudo, já as azuis, credo. Desconfio que há um homem neste país que andará imenso de camisa branca. Eu devia era ter nascido empresária, mas das finas, isso é que era, assim tinha um profissional da TV 7 Dias para me fotografar os autefites e fazia-me de desconhecida ao ferro. Ah não sei, não sei fazer nada, nem passar a ferro, nem cozinhar, nada, até me visto com dificuldade e troco sempre os sapatos. Assim é o que se sabe. Mas por que é que eu não fico caladinha, esta minha boca do tamanho do mundo será o meu fim, bastava omitir que sei fazer estas coisas, bastava isso. Isso e armar-me em forreta, ah mas é que nem pensar que a roupa vai para a lavandaria, uma chulice. A sorte deles, apetece-me generalizar, é que não se juntou TPM com ferro, nem imaginam a sorteca que é, mas está bem.
E como gosto de viajar na maionese, na rentrée vou ter assim uma conversa, como quem não quer a coisa, sobre os benefícios de umas férias de Inverno, mas não naquela semana que ela guardou para o Natal, pronto, férias na neve, isto de praias apinhadas já não está com nada. Espero enche-la de boas ideias, e iniciativa. Andamos à mesma desencontradas, mas ao menos eu passo a ferro com frio. Quanto à semana do Natal, também vamos ter uma conversa, afinal o Natal nesta casa enche-se de trabalhos extra tornou-se uma coisa brega de apelo ao consumismo e a Páscoa é que é o grande motivo de reunião da família é só comprar ovos e folares e o coiso. E isso de comprar ovos, também eu, olha-me esta.
Moral da história: não me apetece divagar sobre uma crónica de sua temática "As Gordinhas lixaram-me a Vida" ou lá o que é, porque já o fiz há dois anos. E isto de andar sempre a dizer as mesmas coisas cansa-me.