06 - A CHUVA DÁ CABO DA PSIQUE DAS PESSOAS
Mac
Um dia estava a tomar o pequeno-almoço e reparei que tinha os quadros daquela parede da cozinha todos desalinhados. A partir do dia em que reparei nisso, todos os dias ao pequeno-almoço, e só ao pequeno-almoço, vá-se lá perceber as idiossincrasias desta psique, olhava para os quadros daquela parede da cozinha e ficava tolhida dos nerfes. Todos os dias decidia que os iria alinhar, mas assim que me levantava da mesa, esquecia-me, para no dia seguinte voltar a olhar, a ficar tolhida dos nerfes e isso. Hoje acordei de madrugada com a barulheira da chuva e pensei que tenho os quadros da cozinha desalinhados. Hoje depois do pequeno-almoço, peguei na maquineta de pregos, na fita métrica, alicate e isso e medi as distâncias, arranquei os pregos e voltei a pôr novos, pendurei os quadros e ainda estavam mais desalinhados. Arranquei novamente os pregos, preguei tudo a olho, olha este mais para cima, este um tudonada para baixo e sim, finalmente tenho os quadros alinhados.
E pronto, já posso começar os dias a olhar para outra coisa. E quando a chuva me acordar também posso pensar noutra coisa.